A Polícia Federal (PF) indiciou um fuzileiro naval e seu irmão, suspeitos de ameaçar de morte a filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A investigação, conduzida pela PF, identificou que os irmãos estavam por trás de mensagens de intimidação direcionadas à família do ministro, incluindo ameaças explícitas de violência. As ameaças surgiram no contexto de um ambiente político polarizado, em que Moraes, figura central no combate a atos antidemocráticos, tem se tornado alvo frequente de hostilidades.
O caso teve início após a filha do ministro receber mensagens ameaçadoras em suas redes sociais. As investigações revelaram que os irmãos utilizaram perfis falsos para enviar as ameaças, acreditando que estariam protegidos pelo anonimato. O fuzileiro naval, servindo ativamente na Marinha do Brasil, utilizou ferramentas digitais para ocultar sua identidade, mas os rastros eletrônicos permitiram à PF localizá-lo.
A PF destacou que o tipo de ameaça enfrentada pela família de Moraes é grave e vai além de meras intimidações, uma vez que afetou diretamente a segurança e bem-estar dos familiares de uma autoridade pública. Segundo os investigadores, os envolvidos poderão responder por crimes de ameaça, coação no curso do processo e uso indevido de meios de comunicação, cujas penas podem ser agravadas pelo fato de a vítima ser parente de uma autoridade judicial de alta relevância.
O ministro Alexandre de Moraes, que se tornou um dos principais protagonistas na luta contra práticas antidemocráticas e ameaças à ordem pública, tem sido alvo de frequentes ataques e pressões devido ao seu papel em investigações sobre redes de fake news e movimentos extremistas. Em nota, o STF reforçou a importância da proteção das famílias dos magistrados, destacando que ameaças contra parentes de autoridades representam uma tentativa de minar a independência e a segurança do sistema de justiça no país.
As autoridades afirmaram que, além do indiciamento, novas medidas de proteção foram reforçadas em torno da família do ministro.
Redação