Um grupo suspeito de emitir diplomas falsos de cursos técnicos e superiores foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás, deflagrada nesta quinta-feira (21), em diversas cidades do estado. A investigação aponta que centenas de pessoas podem ter sido beneficiadas com documentos forjados, colocando em risco a segurança de serviços essenciais, como os da área da saúde.
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), a quadrilha atuava por meio de instituições de ensino de fachada, com CNPJs ativos e aparência de legalidade. Os diplomas eram vendidos com a promessa de “acelerar a formação” e garantir a certificação sem que os alunos precisassem frequentar aulas ou realizar avaliações.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, e outras cidades do estado. A polícia apreendeu computadores, documentos, carimbos falsos e contratos de cursos que jamais existiram de fato.
“É um golpe contra a sociedade”, afirma delegado
De acordo com o delegado Douglas Pedrosa, responsável pela investigação, os envolvidos podem responder por falsidade ideológica, estelionato, associação criminosa e até crime contra a fé pública.
“Muitos desses diplomas eram utilizados para conquistar cargos públicos, vagas de emprego e até registro em conselhos profissionais. É um golpe contra a sociedade e uma ameaça à segurança de áreas sensíveis, como saúde e educação”, destacou o delegado.
A polícia já identificou mais de 200 diplomas suspeitos e acredita que esse número pode ser ainda maior. As investigações continuam para localizar todos os beneficiados e os responsáveis pela organização.Alerta à população
A Polícia Civil orienta que todos os cidadãos verifiquem a procedência de seus certificados e desconfiem de promessas de diplomas rápidos e sem exigências educacionais. Órgãos como o MEC e os conselhos profissionais disponibilizam canais para consulta de instituições credenciadas e reconhecimento de cursos.
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Redação