O silêncio da cidade de Inhumas, em Goiás, ainda carrega a dor de uma tragédia que abalou toda a comunidade escolar: o assassinato brutal da professora Cleide Aparecida dos Santos, aos 60 anos, morta em 2022 por um ex-aluno que invadiu sua casa. Agora, quase dois anos após o crime, a justiça se aproxima. O julgamento do acusado, Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira, está marcado para a próxima terça-feira (9), no Tribunal do Júri de Inhumas.
Cleide não era apenas professora — ela era uma referência de amor, entrega e vocação. Com 37 anos dedicados à educação, ela atuou como docente, diretora e, mais recentemente, no Atendimento Educacional Especializado (AEE), cuidando com carinho e paciência de alunos com necessidades especiais.
Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e pós-graduada em Psicopedagogia, Cleide deixou marcas profundas por onde passou, especialmente no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, que hoje leva seu nome como homenagem póstuma à sua trajetória.
Uma vida marcada por amor à família e à educação
Além da carreira exemplar, Cleide era uma mulher simples e espiritualizada. Cuidava dos pais idosos e mantinha uma rotina de fé e dedicação. Colegas e ex-alunos descrevem a professora como alguém que acreditava no poder da educação para transformar vidas, mesmo diante dos desafios.
O crime chocou não apenas Inhumas, mas todo o estado de Goiás. Um ato de violência sem sentido interrompeu a jornada de uma mulher que só sabia ensinar, acolher e servir.
Justiça por Cleide
A expectativa para o julgamento é grande. Familiares, amigos e membros da comunidade escolar esperam que a justiça seja feita — não apenas com a condenação do acusado, mas com o reconhecimento público da grandeza do legado deixado por Cleide.
“Ela deu a vida pela educação. Era uma mulher de luz, de entrega total. Nada vai apagar o que ela fez por nós”, disse uma ex-aluna emocionada.
A equipe do Integração News acompanhará o desdobramento do julgamento e reforça seu compromisso em manter viva a memória de educadores como Cleide, que dedicam a vida inteira para fazer do mundo um lugar melhor.
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