As queimadas no Brasil em 2024 atingiram níveis preocupantes, superando os dados de 2023. No período de janeiro a setembro, foram queimados 22,38 milhões de hectares, um aumento expressivo em comparação com os 9 milhões de hectares do ano anterior. A seca prolongada e as altas temperaturas contribuíram para a intensificação dos focos de incêndio, especialmente entre agosto e setembro.
Os estados mais afetados foram Mato Grosso, com 1,7 milhão de hectares consumidos pelo fogo, seguido pelo Pará (919 mil hectares) e Amazonas (383 mil hectares). Esses três estados, que compõem grande parte do bioma amazônico, registraram mais de 50% das áreas devastadas pelo fogo em 2024. O Cerrado também foi severamente afetado, com 2,4 milhões de hectares incendiados, superando o impacto na Amazônia, que perdeu 2 milhões de hectares.
Esse cenário representa um desafio ambiental e social significativo. A comparação com 2023 revela um agravamento na intensidade e na abrangência dos incêndios, exigindo medidas urgentes para controle e prevenção. A crise atual ressalta a necessidade de políticas eficazes para proteger os biomas mais vulneráveis e mitigar os efeitos da mudança climática, especialmente durante os meses mais secos do ano.
Redação