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O Brasil se despede de José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, uma das figuras mais icônicas do boxe nacional. O ex-pugilista faleceu nesta quinta-feira, 24 de outubro de 2024, aos 66 anos, em São Paulo. Ele lutava há mais de uma década contra a encefalopatia traumática crônica, uma forma de demência pugilística diagnosticada em 2013.
A confirmação da morte foi dada por sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista ao canal “Record”. Maguila deixa um legado inigualável no esporte e uma carreira marcada por talento, força e carisma, que inspiraram gerações de atletas e fãs.
Nascido em 11 de julho de 1958, na cidade de Aracaju (SE), Maguila trilhou uma trajetória vitoriosa ao longo de 17 anos de carreira, com um cartel impressionante de 85 lutas. Ele acumulou 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, além de sete derrotas e um empate técnico. Carismático e de fala simples, Maguila se tornou um dos personagens mais queridos do esporte brasileiro, conquistando o público não apenas pelos resultados no ringue, mas também por suas entrevistas folclóricas e pela personalidade vibrante.
Entre as lutas mais emblemáticas de sua carreira estão os confrontos contra grandes nomes do boxe mundial, como Evander Holyfield e George Foreman. Maguila encarou adversários internacionais com coragem e determinação, elevando o nome do Brasil em competições de alto nível e tornando-se uma referência no peso-pesado.
A paixão pelo boxe surgiu cedo, ainda na infância em Aracaju, ao assistir às lutas de Éder Jofre e, especialmente, de Muhammad Ali, seu grande ídolo. Em uma casa modesta, dividida com muitos irmãos, ele acompanhava as transmissões em uma TV preto e branco na casa de um vizinho. Ali, começou a sonhar com um futuro nos ringues. Anos mais tarde, o garoto sergipano se tornaria campeão peso-pesado, a mesma categoria em que Ali brilhou, consolidando seu nome entre os grandes do esporte brasileiro.
A trajetória de Maguila será sempre lembrada pela mistura de técnica, poder e um coração gigante. Sua partida deixa uma lacuna no boxe nacional, mas sua memória permanecerá viva nos ringues e no coração dos fãs que o viram lutar com garra e determinação.
Redação
